O vice-Presidente do Brasil,Geraldo Alckmin,em viagem oficial à China durante esta semana,assinou sete acordos de cooperação com o país asiático,divulgou hoje o Governo brasileiro.
Os dois países assinaram um protocolo sobre requisitos sanitários e de quarentena para noz-pecã,um memorando de entendimento relacionado com a cooperação China-Brasil para a expansão da capacidade produtiva na área do desenvolvimento sustentável,e formalizaram uma revisão da estrutura de governança e desenvolvimento do seu quadro operacional visando aprimorar a cooperação bilateral em investimentos e identificar projetos concretos.
Brasil e China também oficializaram uma declaração de intenções para a construção conjunta de um satélite geoestacionário meteorológico,uma cooperação para o aprofundamento da supervisão no setor de seguros e um acordo relacionado com o mercado de capitais, cuja intenção é ampliar as possibilidades de assistência mútua e o intercâmbio de informações,e aprofundará a cooperação regulamentar nos mercados financeiros e de capitais.
Por fim,os países assinaram um acordo para isenção de visto para viagens para o Brasil destinado aos titulares de passaportes de assuntos públicos emitidos pela China.
No mesmo comunicado,Alckmin saudou os investimentos chineses já realizados no Brasil e convidou as companhias do país asiático a participarem no esforço de modernização das infraestruturas brasileiras,que o Governo do Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva,promove através do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
"Convido o conjunto das empresas chinesas a participarem do esforço de modernização da infraestrutura do Brasil,que é o Novo PAC",afirmou o vice-presidente brasileiro.
A segunda comitiva do Governo sul-americano a visitar Pequim,liderada por Alckmin e pelo ministro da Casa Civil brasileiro,Rui Costa,terá também na agenda a inclusão do Brasil na iniciativa 'Uma Faixa, Uma Rota'.
Durante a visita à China,que decorre até sábado,uma comitiva de 200 empresários brasileiros procura conseguir o reforço das relações comerciais com empresários chineses.
De acordo com dados oficiais, a China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2008.
O mercado chinês foi destino de 30% das exportações brasileiras em 2023,atingindo 104 mil milhões de dólares (95,5 mil milhões de euros),sobretudo graças a produtos alimentares e matérias-primas.
A China, por seu turno,mantém investimentos no Brasil que rondam os 40 mil milhões de dólares (36,8 mil milhões de euros),que nos últimos anos se têm centrado sobretudo na área energética.